quinta-feira, 9 de outubro de 2014


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Notícia postada no dia 09/10/2014
 

A Justiça Federal liberou nesta quarta-feira (9) os áudios do depoimento do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, nos quais ele confirma o pagamento de propina a políticos relacionados a contratos da estatal. No total, são 4 horas de depoimento, prestado nesta quarta-feira (8) ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná. De acordo com o ex-gestor, era estipulado ao menos 3% de sobrepreço nos contratos destinados à propina. “Em relação à diretoria de Serviços, todos sabiam que tinha um percentual destes contratos da área de abastecimento, dos 3%, 2% eram para atender ao PT, através da diretoria de Serviços. Outras diretorias como Gás e Energia e como Inspeção da produção também eram PT”, afirmou Costa, no áudio divulgado pela Globo News. Nestes casos, o PP não tinha participação nos repasses, informou, já que seriam diretorias “indicadas pelo PT tanto para a execução do serviço como para o negócio, PT com PT”. Ainda segundo o executivo, a diretoria Internacional tinha indicação do PMDB. “Então tinha recursos que eram repassados para o PMDB na diretoria Internacional”, contou ele, que confirmou que os diretores também recebiam parte da quantia – 20% do percentual de sobrepreço, que era dividido entre ele e o doleiro Alberto Youssef. O dinheiro era recebido por Costa em espécie, entregue em sua casa, no shopping ou no escritório, depois que ele abriu uma empresa de consultoria, pelas mãos de Youssef ou do ex-deputado José Janene (PP), morto em setembro de 2010. O ex-gestor não soube dizer se a distribuição era feita pelo diretamente pelo doleiro ou por outra pessoa. Na oitiva, ele apontou também os elos nos partidos com o esquema. Do PT, foi citado o tesoureiro da sigla na época, João Vaccari Neto, que tinha relação com o diretor de Serviços. “A ligação era diretamente com ele”, apontou. O articulador do PMDB junto à diretoria Internacional, segundo Costa, era o lobista Fernando Soares, que se candidatou a vereador em 2012. À Globo News, o PT afirmou em nota que não se pronunciaria sobre as denúncias por enquanto. Já o PP disse que desconhece o conteúdo das denúncias, mas que vai colaborar com as investigações. O PMDB também afirmou que não teve acesso ao depoimento e que por isto não comentaria o assunto. Fonte:BN

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